sábado, 15 de junho de 2019

[Review] Futari wa Precure: Splash Star (Por: Wendel Santos)


Estou abrindo espaço no blog para que compartilhem opiniões sobre Precure, hoje sobre Futari wa Precure: Splash Star. Já escrevi uma review minha no meu blog principal (Link da review), caso queira ir lá saber um pouco sobre o que penso da obra. Hoje tenho o prazer de trazer a análise do meu amigo Wendel Santos, que está ótima. Por tanto, sem mais delongas, boa leitura!

OBS: O texto contém alguns spoilers!

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Texto por: Wendel Santos (Twitter: @Static_Wire)

Futari Wa Precure: Splash Star terminado e acabei sendo surpreendido mais uma vez pela franquia. Com uma séries de fatores bem distintos que fazem ele ser uma temporada bem fora do padrão até dentro dos padrões de Precure até aqui.


O primeiro diferencial curioso é de como o Splash Star tem uma vibe bem ambientalista, aonde eles valorizam muito esse aspecto da natureza, aonde o grande objetivo delas é restaurar fontes de diversos elementos, até aos próprios poderes. Algo que não via desde Arjuna. E devido a isso, a obra possui uma narrativa bem distinta que se assemelha bastante a um Iyashikei, com diversos momentos extremamente contemplativos e bem introspectivos. Ao ponto disso ser várias vezes, o grande ponto de destaque, já que as lutas soam como algo secundário muitas vezes, aonde o foco está nessas reflexões causadas por esses momentos de calmaria, que desencadeiam outros sentimentos. Além do cast de personagens que segue o padrão Precure de qualidade, conseguindo ser bem eficiente em desenvolver o relacionamento da Saki e da Mai, apesar do grande destaque ter ficado para a Michiru e a Kaoru, que sem dúvidas, foi o ponto alto da obra para mim. Tanto na primeira parte, aonde como vilãs, ela possuem uma composição não apenas fria e impassível, mas até ameaçadora, com uma espécie de raiva latente tanto pelo fato delas não aceitarem ordem nem de seus supostos parceiros e nas visões bem ríspidas a respeito do mundo ao seu redor e de sentimentos no geral, que cria um belo contraste com as protagonistas, quanto na evolução e mudança dessa personalidade durante a obra que consegue ser bem envolvente, fora as questões levantadas por ela durante o seu arco, que conseguiu ser muito bom, abordando temas bem intimistas, com diálogos bem reflexivos e certas divagações um tanto profundas. Fora a direção que sem dúvidas, foi umas das melhores de toda a franquia. Foi bem assustador o nível de cuidado e detalhamento para criar cenas com uma composição bastante simbólicas não apenas para dar o clima contemplativo citado acima, mas também para reduzir possíveis diálogos expositivos, já que em certos momentos, já fica tudo subentendido apenas na própria cena em si, além de ampliar a imersão daquilo que a obra quer transmitir no momento de uma forma bastante sensível. Algo bem parecido com o que o Hugtto iria fazer 12 anos depois.


Infelizmente, talvez por ser uma das primeiras temporadas, logo, a franquia ainda não era tão famosa e popular quanto ela é hoje, a animação foi a mais fraca até aqui, aonde apesar do design ser consistente, a grande maioria das cenas de lutas até o episódio 30 eram bem fracas, com diversas cenas reutilizadas, ou mal coreografadas, ou com uma animação bem travada, aonde apenas após isso, possui uma considerável melhora. Apesar de que você ainda percebe que aparentemente, o projeto estava bem longe de ser algo feito para ser grandioso, aonde os envolvidos tiveram que se virar para poder compensar a possível falta de verba e/ou animadores. Fora os vilões que acabou sendo o grande ponto fraco da obra, aonde com exceção da Michiru e da Kaoru, eles eram bem genéricos, aonde mesmo que na teoria, a personalidade deles fossem distintas, elas não conseguiam cativar, que o método para tentar derrotar as Precures eram praticamente iguais, que acabou dando a sensação de eles ficaram subutilizados, ao contrário de outras temporadas.


Mas mesmo com isso, a obra conseguiu ser o meu terceiro Precure favorito, devido aos fatores outros fatores citados acima. Muito bom como a obra ela ainda conseguiu ousar com um aspecto bem mais reflexivo e intimista do que o habitual, aonde até mesmo o alívios cômicos pareceu estar reduzido em prol disso, já que a ênfase estava em mostrar e mostrar a importância de momentos simples e cotidianos da vida de uma forma bem mais contemplativa. Muito bom. Fechou com um 8.5.


sábado, 13 de abril de 2019

Star☆Twinkle Precure 09 e 10 - As consequências dos excessos


Mesmo se tentássemos sermos perfeitos em uma única coisa, ainda assim seria praticamente impossível. Quando aumentamos esse número para 3, 4 ou até mais coisas, não importa o tanto de talento e capacidade que tenha, o resultado será previsível.
No episódio 9 de Star Twinkle, nós observamos rapidamente a Madoka caminhando em direção a auto-destruição. Ao menos na primeira metade do episódio, onde por mais que o anime não tenha usado muito dos seus aspectos visuais para isso, ainda assim criou-se uma atmosfera de tensão e desconforto.


Se não houvesse o contexto, a história da franquia e o meu conhecimento sobre a mesma, só com essa primeira metade do episódio 9 eu diria que seria um anime fadado a ser bem pesado e trágico até. A grande questão é que, de fato, o destino da Madoka não seria nada bonito se ela não tivesse as amigas do lado para mostrarem caminhos diferentes para a mesma. A pressão familiar fazia com que a Madoka buscasse incessantemente a perfeição em tudo que fazia, sozinha, e guardando tudo aquilo para si mesma. Tal pressão obviamente refletia no seu estado mental, cada vez mais conturbado, cada vez mais estressada, e principalmente, cada vez destruindo mais a si mesma. Isso, em contra-partida, afetava seu desempenho não só nas tarefas importantes, mas nos gestos mais simples como vestir um par de meias, o que por sua vez fazia a pressão ficar ainda mais forte, criando um ciclo de auto-destruição pesadíssimo.
Embora sejam situações diferentes, os sentimentos são bem similares ao grande problema de excesso de trabalho que existe no Japão, que muitas vezes ou leva ao Karoshi (Morte por excesso de trabalho), ou leva ao suicídio. Se esforçar nos seus deveres é bastante importante sim, mas todo excesso é ruim, tão importante quanto se esforçar nos seus deveres é tirar um tempo para se divertir, se distrair, relaxar. Não existe nada mais importante que o seu próprio bem-estar, e esse conflito da Madoka e as ações das outras meninas passaram essa mensagem adiante. Do que adianta se esforçar ao máximo para deixar tudo perfeito, se no fim você terminará com o psicológico quebrado?


Todo esse evente abre caminho para um possível conflito entre filha e pai, junto com a questão dos segredos que ela esconde, pois cedo ou tarde ela terá que confrontar a visão de mundo do pai dela com a sua própria, creio.
Em todo caso, a segunda metade já foi mais alegre e felizmente a Hikaru conseguiu tirar o elefante das costas da Madoka. O diálogo da Madoka com a Elena também foi muito bacana e bastante agradável.
Por fim, a luta do episódio destacou alguns pontos importantes, como a Madoka só agora depois disso tudo realmente lutar com as outras como parte da equipe, ao invés de algo mais isolado, ou o fato de que você não consegue raciocinar da melhor maneira possível quando esmagado pelo estresse, tal como suas ações se tornam mais precisas quando você está relaxado. Como uma personificação da lua, de certa forma, nada combinaria mais com a Madoka do que seu lado sereno.


No episódio 10, vemos logo de cara que possivelmente algo não vai dar tão certo quanto deveria, quando a Hikaru se mostra muito mais insistente e impulsiva que o normal.
A constelação do Cruzeiro do Sul é, de fato, uma das mais conhecidas, se não a mais conhecida, ao menos aqui no Brasil. É, por exemplo, a única constelação que me lembro de terem me mostrado no céu quando eu era mais novo.
Um dos aspectos mais interessantes dessa temporada é o quão didática ela está sendo em relação a astronomia ou mesmo a física, em menor escala, seja sobre a gravidade, sobre planetas de diamante ou mesmo os tardígrados, todas essas são informações que poderiam facilmente serem ignoradas, mas eles preferirem trabalhar mais a fundo visando uma credibilidade maior no tema de astronomia da obra é digno de respeito, sem dúvidas.
Toda a conversa sobre adaptação, da vida naquele planeta, ou mesmo dos vilões falando para as heroínas, me parece que será usada futuramente. Esse é um ponto bem interessante que foi levantado, o clima da Terra parece ser bem mais agradável de se viver do que outros planetas por aí, mas... Será mesmo que é tão fácil assim? O planeta em si pode não ser um lugar com climas tensos para se viver, porém, ainda assim nós temos algo que nenhum outro planeta tem e que pode igualar essas dificuldades: Os próprios seres humanos. Conseguir viver diante de tanto caos, tragédias, negativismo, ódio e outras coisas ruins também exige bastante capacidade de adaptação dos seres humanos, caso contrário já teríamos extinto nossa própria raça. Isso é algo que os vilões não compreendem, e pode ser que seja algo que venha a ser usado futuramente.


As garotas sofreram uma surpreendente derrota, com direito ao Kappard parar o ataque da Hikaru enquanto ela o conjurava. Claro que isso foi possível graças a um aumento de poder temporário, que já se esgotou, mas mesmo assim foi uma grande derrota onde elas perderam duas Star Pens. Vale elogiar a Lala e o Prunce, que, mostrando possuirem já a experiência de terem vivenciado momentos tensos assim, pensam rápido em trazer a nave e carregar todas para dentro dela, escapando dali rapidamente.
Claro que tudo isso foi um baque muito forte no psicológico da Hikaru, e não o bastante ainda terão que lidar com o pai da Madoka que acabou vendo a nave partir. Tais eventos abrem muitas possibilidades positivas para o que vão fazer no próximo episódio, o que me deixa bem animado.
O Cruzeiro do Sul, no fim, parece que será relevante para a história e pode ter relação com o primeiro aumento de poder palpável das protagonistas. O que abre margem para algumas teorias interessantes, afinal das contas, o Cruzeiro do Sul parece ser composto por 4 estrelas (Hikaru, Lala, Elena e Madoka), mas para muitos na verdade tem 5. A Epsilon Crucis, também conhecida como "Intrometida", é a quinta estrela mais brilhante da constelação do Cruzeiro do Sul, o que pode representar uma possível quinta Precure vindo em breve.

OBS: Jogada bem sútil e legal que fizeram na primeira imagem desse post, no livro que a Madoka está segurando.

domingo, 7 de abril de 2019

Star☆Twinkle Precure 07 e 08 - Viagem espacial!


A dupla de episódios que comentarei hoje até que me surpreendeu positivamente em áreas que eu não esperava, ou ao menos que eu não esperava ser feito da maneira que foi. Foram dois episódios simples, mas que agregaram bastante, acertando em cheio o que queriam fazer.


O episódio 7 foi o episódio da montagem da nave da Lala (Ou, como o episódio ressaltou, das garotas). Todo o episódio se desenvolveu basicamente com esse objetivo, começando com os reparos e terminando com a decolagem. Apesar disso, no entanto, a temática real desse episódio foi a união das quatro meninas, esse foi um episódio exclusivo para criar uma intimidade maior entre elas e tornar mais crível o laço de amizade que elas compartilham.

Há um aspecto interessante nessa temporada que, em partes, não existe nas outras. Apesar de em toda temporada haver uma história que se desenvolve ao longo do anime, tal como personagens que se desenvolvem ao longo do anime, a franquia de Precure costuma ser relativamente episódica, no sentido de todo episódio ser um início, meio e fim de qualquer que seja o tema do episódio. Em Star Twinkle isso não é necessariamente diferente, mas ao mesmo tempo, eles estão dando uma continuidade indireta que torna a narrativa bem legal. Todo episódio tem sua própria história com início, meio e fim como sempre, porém, certos aspectos permanecem até nos episódios seguintes, fazendo com que a narrativa se torne mais conectada que o normal.


Por exemplo, no episódio passado eu falei sobre como destacaram a dura jornada da Lala até a Terra, tendo que viajar praticamente sozinha por um longo período com uma gigantesca missão nas costas para um planeta desconhecido onde mesmo conhecendo novas pessoas, ela ainda se isolava bastante. No episódio 7, com o reparo da nave da Lala, feito com a ajuda das garotas, o anime sutilmente simboliza a quebra dessa perspectiva da Lala e o início de uma nova, quando a sua nave, que era o símbolo dos seus tempos difíceis, que moldou ela para ser o que ela era quando o anime começou e inclusive sendo sempre o motivo dos conflitos dela, se torna a nave de todas as quatro. Aquela já não era mais a nave da Lala solitária que viajou pelos confins do universo por um bem maior, mas sim a nave de quatro amigas que vivem a vida e se divertem enquanto buscam completar tal missão. E a maior prova disso, foi uma mudança completa no design da nave, com adições de características específicas escolhidas por cada uma delas.

E falando em características, achei realmente muito legal destacarem as qualidades de cada uma delas durante os reparos da nave, com o trabalho de cada uma.
O episódio então fecha com a primeira viagem da Lala que não é pela missão, embora no fim das contas a Fuwa mude isso abrindo um portal para onde a próxima chave se encontrava.


Eu realmente não esperava por essa, ri, mas ri com gosto.

O episódio 8 foi deveras interessante pela ideia de visitar outros planetas tal como também abordar certas ideias realmente interessantes. Embora fosse um episódio em que elas buscavam mais uma chave, esse na verdade era um episódio com foco na Elena. No mundo que elas visitaram, que era o mundo dos cães alienígenas e dos ossos, a chave era usada meio que como um objeto religioso. Graças a isso, a temática do episódio acaba sendo até que relativamente e surpreendentemente política, uma vez que sua principal mensagem é que não importa se suas intenções são "boas" ou "ruins", se o que você decide é invadir as terras de um povo e tomar algo que é importante para eles à força, os dois lados no fim são iguais no ponto de vista desse povo. Dialogar e tentar chegar em um consenso é sempre uma opção a ser considerada, de preferência como prioridade. Como meu pai sempre diz: "Nada forçado é bom".
Chuva de ossos é um conceito interessante, mas deve doer...

As ações dos nativos daquele planeta podem sair como um pouco irritantes para alguns, mas é importante, e o episódio frisa bem isso, levar em consideração o ponto de vista deles, que tiveram seu espaço invadido por estranhos. Na real, eles desconfiarem das protagonistas foi uma atitude bem mais condizente com a vida real do que o contrário.
No fim, esse episódio foi uma boa surpresa e me fez desejar muito que reutilizem a ideia de visitar outros planetas, conhecer outras culturas e ter conflitos com diferentes povos. Em uma temporada cujo principal tema é a imaginação, eles tem em mãos infinitas possibilidades, então espero que usem bastante da imaginação.

domingo, 31 de março de 2019

Star☆Twinkle Precure 05 e 06 - Responsabilidades e Confiança


Talvez algum leitor tenha percebido que eu estou levemente atrasado nas reviews de Star Twinkle... Ainda assim, pretendo seguir escrevendo reviews de um ou dois episódios por post, então vamos hoje falar dos episódios 5 e 6!

Seguindo o episódio anterior (4), o episódio 5 foi o episódio de apresentação da quarta e, supostamente, última Precure, Madoka Kaguya.
Sendo uma garota que exala talento tanto no arco e flecha quanto no piano, além de extremamente inteligente, presidente do conselho estudantil e admirada pela maioria dos estudantes da sua escola, não deveria ser surpresa ela ser filha de duas figuras socialmente de peso, sua mãe sendo uma pianista mundialmente conhecida, e seu pai sendo um agente do governo trabalhando na área de ufologia---Detalhe esse que foi uma das grandes surpresas do episódio em termos de potencial futuro---o que inevitavelmente a coloca em uma posição de pressão em termos de expectativa.
Até então, a Madoka foi a personagens com mais camadas observáveis do grupo principal, mesmo que o anime não deixe em evidência que ela é mais complexa do que parece devido a motivos de público alvo.
Sua caracterização sútil ajuda bastante a olhar o episódio 5 com outros olhos, uma vez que no episódio 4 seu pouco tempo de tela demonstrou que ela era tanto uma garota mais séria quanto uma garota que demonstra se importar com os outros, ser gentil até. Graças a isso, não se imaginava que ela já encararia um conflito logo de cara, mas sim ficaria por ser a personagem responsável do grupo. Dito conflito foi a engrenagem principal desse episódio 5: Os laços de confiança da sua família, uma família que não guarda segredo uns dos outros.

"Podem invejar meus lindos cabelos roxos que vocês nunca poderão ter, figurantes."

Confiança é a base de quase todo relacionamento, seja amizade, seja familiar, seja amoroso. Apenas existindo uma confiança mútua que um relacionamento pode progredir para um nível de proximidade antes inalcançável, ter um apreço e um respeito pela pessoa que você normalmente não poderia ter caso não exista tal confiança. Dando um exemplo simples: Alguns amigos meus assistiriam/leriam uma obra que eu gosto e recomendo, mesmo que não seja bem comentada internet a fora, simplesmente pelo fato de ser eu recomendando, pelo fato de confiarem em mim. Isso faz meu apreço por eles crescer sem que eu mesmo perceba esse fato, por sentir que são pessoas que eu posso confiar. Amigos que eu confio e amigos que eu não confio tanto assim acabam sendo relações bem diferentes uma da outra.
E quando trazemos isso para a família, fica ainda mais complexo e delicado, isso eu posso dizer por experiência própria. Imagina viver junto de alguém da família que você não confia? Rapidamente se torna uma relação complicada. Porém, imagina viver junto de alguém da família que você confia, e ela confia em você, mas que você tenha quebrado a confiança desse familiar? Esse foi basicamente o dilema da Madoka ao longo desse episódio.

A pressão do pai pela perfeição dela é evidente. E preocupante também.

Em determinado momento a Madoka diz "Eu não posso trair o meu pai", mas ao mesmo tempo, sendo uma garota realmente inteligente, ela conseguia observar que a mentalidade do seu pai em relação aos alienígenas um tanto quanto extrema, enquanto as garotas da sua escola + a Fuwa eram obviamente inofensivas e inocentes. Ela hesitou e refletiu, mas definitivamente optou em não prejudicar as garotas e mentir para o seu pai, escondendo dele tanto a existência dos alienígenas quanto o fato dela ter se tornado uma Precure. O fato da Madoka ter conseguido extrair de mim 3 parágrafos só sobre seu conflito do episódio 5 já mostra o quanto eu apreciei a caracterização dela. Esse ainda foi, no fim das contas, um episódio de apresentação, então esse conflito ainda não foi resolvido por completo e com certeza voltará futuramente. O mais interessante é o envolvimento do governo nesse caso, o que me leva a dúvida se escolherão ou não investir nessa sub-trama sobre o descobrimento da existência dos alienígenas pela população e a tentativa do governo de ocultar esse fato e controlar a situação, tal como muitas teorias da conspiração acreditam.

Apesar de existir certa tensão no ar, a confiança do pai na filha é real. 

Como um extra: Eu realmente estou gostando muito de como estão trabalhando as emoções das garotas de maneira bastante sútil e inteligente. Na review do episódio 4 eu cometi um erro como redator e esqueci de mencionar um detalhe excelente, que foi a tremedeira nas pernas da Elena quando diante de uma situação de risco. Esse tipo de detalhe acrescenta em muito em vários aspectos da personagem e até mesmo da obra.
A transformação da Madoka estava linda demais também, certamente minha favorita das quatro e definitivamente não é por eu já adorar a cor roxa, que é minha favorita! Sendo muito bem pensada, carregada de referências e bastante criatividade, foi bem mágico assisti-la.
Como já dito antes, Selene é a deusa da lua na mitologia grega e "Cure Selene" por si só já é uma referência clara. Porém, a transformação dela tem diversos detalhes interessantes.
Dois dos símbolos principais da deusa Selene são a Crescente e a carruagem, ambos representados pela pequena cena dela sentada em uma lua voadora (Que eu adorei, por sinal). Outro detalhe interessante é o arco e flecha, que provavelmente também é uma referência a outra deusa da lua da mitologia grega, Ártemis. O nome Kaguya carrega o kanji "" que significa "flecha". Além disso, o nome Kaguya em si provavelmente foi usado em referência ao conto japonês da Princesa Kaguya, que também é indiretamente referenciado na frase de efeito da Cure Selene. Ironicamente, a Princesa Kaguya é suposta vir da Capital Lunar, na lua, o que a faria ser uma alienígena.

Madoka fazendo a posição de sagitário, que é o signo dela, tendo nascido em 23 de Novembro (Mesmo mês que eu!).

O episódio 6 foi mais simples, voltando novamente aos conflitos da Lala e apresentando uma nova vilã (Deveras irritante, admito). No entanto, achei bastante curioso como em partes os temas do episódio 5 se repetem no episódio 6, apenas de uma maneira diferente. Lala tem grandes responsabilidades para lidar com, mas precisa aprender a confiar nas suas amigas e pedir ajuda para elas. O episódio em si é uma extensão do episódio 2 e 3, lidando mais uma vez com as complicações das divergências em pontos de vista e as diferenças culturais. Algumas linhas de diálogo são especialmente bem interessantes, como os comentários acerca da longa jornada da Lala em prol da tão importante missão dela.
Dar a noção de que ela veio de muito, muito longe, só com o Prunce a acompanhando, em um momento de desespero pelo caos que se instaurava enquanto ela fugia dos inimigos, para no fim cair em um planeta desconhecido e agora ter que se adaptar a uma nova vida, dá muita credibilidade para o conflito dela. Graças a isso, mesmo as garotas parecem estarem sendo bem compreensivas com a Lala, o que é bem legal de se ver.


Nesse episódio foi introduzido o conceito da Dark Pen, uma versão corrompida das Star Pen. Trazendo pela primeira vez nessa temporada o famoso "monstro da semana". É interessante pensar nas possibilidades disso, visto que o número de Star Pen são muito limitadas para se tornar algo recorrente, se quiserem dá para trabalhar em algumas coisas bacanas nisso.
Gostei bastante também de como o Ryo se mostrou sagaz, fingindo derrubar os livros para ajudar a Lala com os sentimentos conflitantes dela.
Para finalizar, eu gostaria de realçar como pequenos detalhes podem ajudar bastante a dar outra perspectiva do que esta acontecendo em certas cenas usando um momento logo antes das garotas se transformarem:

Quando você não tem certeza de como faz, daí olha seus amigos fazerem primeiro para poder imitá-los.
A Madoka que é recém-chegada no time para e olha para as outras, já prontas para se transformar, antes de fazer o mesmo. Uma ótima forma de mostrar que ela ainda está se adaptando em ser uma Precure sem necessariamente precisar dizer isso para quem está assistindo.
Ainda essa semana devo vir com um post para o episódio 7 e 8, e depois um para o 9. Por hora, esses dois episódios já renderam bastante, e a partir de agora espero não me enrolar tanto na frequência. Vamos torcer!

sábado, 2 de março de 2019

Star☆Twinkle Precure 04 - O Sol radiante


Chegando em mais um episódio de apresentação, Star Twinkle entrega mais um episódio bastante divertido e com alguns elementos muito interessantes.
Dessa vez foi o episódio de apresentação da Elena. Em partes, foi um episódio bem padrão da franquia, o que não necessariamente é algo ruim, muito pelo contrário já que o padrão da franquia é bem positivo. Porém, em outra parte também o episódio se destacou por alguns elementos que, como antes mencionados, deram um brilho a mais ao episódio.
A Elena é uma personagem bem carismática, com bastante talento para atividades físicas e muito ocupada com a loja da família e seus irmãos mais novos. Em suma, é uma personagem que trás a atividade, a agitação, o movimento do dia a dia, incluindo estudos, trabalho, família e diversão. De certa forma, essa é uma forma de representar o sol, o dia, o período onde você tem que colocar seus afazeres importantes em prática.

Quem precisa de Oliver Tsubasa quando se tem Elena Amamiya?!

Elena é a representação do sol. O nome Elena em si é, de certa forma, conectado com o nome Hélio, deus do sol da mitologia grega (Não é exatamente Elena, mas sim uma variação do nome, Helen). Esse em contra-partida é irmão de Selene, deusa da lua, nos mitos e Cure Selene é o nome da transformação da outra personagem brevemente apresentada nesse episódio, Kaguya Madoka. Não coincidentemente as duas astros da escola.
Segundo os mitos, Hélio era constantemente associado a cor dourada, incluindo cabelos loiros, longos e ondulados, tal como a Elena. Dois dos seus principais símbolos são a aureola solar e o girassol. Além de conexões um pouco mais ambíguas, como Hélio ser dito como alguém que podia "ver tudo", e a Elena ser mostrada como alguém deveras observadora (Só nesse episódio tivemos o caso da bola de futebol e a luta da Hikaru e da Lala, mas também vimos no episódio 1 e 3 momentos desse tipo).
Esse tipo de detalhe é o que me referia ao dizer que esse episódio foi um pouco mais especial do que o padrão. A Elena é uma personagem muito bem pensada, e isso a torna muito mais interessante, ao menos para mim.
Claro, não posso deixar de mencionar o fato dela ser uma personagem negra e, aparentemente, de origem hispânica. É um aspecto valioso em uma franquia que sempre foi inclusiva, e nunca tentou forçar esse tipo de aspecto, sempre tratando com naturalidade.

Pinta debaixo do olho é um tipo de detalhe de design bem específico que eu gosto bastante.

O pouco tempo de tela da Kaguya já foi relativamente eficiente, visto que ela já de cara foi descrita como alguém realmente inteligente, e já demonstrou desconfiar que das garotas.
Mas mais do que isso, o fato das suas únicas cenas serem ou em plano de fundo ou em um local sombreado onde sua silhueta ganhe um tom menos claro foi um detalhe que me chamou atenção. Elena e Kaguya são representações do sol e da lua, respectivamente, logo, o fato do sol ainda estar "no céu" faz com que a lua ainda não se destaque. Apenas agora que "o sol se pôs", é que a lua aparecerá, no caso no próximo episódio. É um detalhe bem pequeno que eu provavelmente não notaria, não fosse por mostrar tão especificadamente a Kaguya na sombra, enquanto a Hikaru e a Lala estavam na luz solar, inclusive em planos onde mostrava ambos os lados, dando mais enfoque nessa distinção. Mas tudo isso me deixa mais animado para o episódio dela!

Em termos de mitos e folclore, ela é a personagem que pode trazer os aspectos mais interessantes. No aguardo!

Ademais, a transformação da Elena estava muito bonita, e a voz dela enquanto cantava a música na cena de transformação também. O ataque dela é uma boa referência ao March Shoot da Cure March, tal como a Cure Sunny e a Cure Rouge, estava bem caprichado e até agora sem dúvidas é o melhor ataque mostrado até então.
Vimos também mais dos vilões, e claramente temos alguns aliens bem estranhos ali. O mundo deles visto de longe é bem interessante, embora de perto pareça bem menos atraente. Eu nem parei para pensar muito sobre no que cada um daqueles vilões são baseados, o que é bom pois facilitou escrever essa review. Mas eventualmente eu tocarei no assunto mais a fundo. O grande vilão da história parece estar adormecido/selado em um cristal, o que também é um padrão da franquia, mas vamos ver como irão desenvolver isso.
Em todo caso, foi um ótimo episódio de apresentação, que rendeu bastante comentário. A Elena pelo visto será uma personagem que eu vou gostar bastante, se continuar tendo um bom desenvolvimento ao longo da temporada. Estou animado para essa temporada, então torço para que consigam aumentar ainda mais o nível daqui para frente!

Pode não ser a intenção dos criadores, mas que ela é muito mais imponente que a Cure Star e a Cure Milky, ela é.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Star☆Twinkle Precure 02 e 03 - Diferentes pontos de vista em conflito


Devido a sérios contra-tempos acabei não podendo fazer review do episódio 2 isoladamente, porém, isso acabou de alguma forma sendo útil dado o tema do episódio 3.
Os episódios 1, 2 e 3 basicamente são conectados uns com os outros. Temos a apresentação da Hikaru no episódio 1, a apresentação da Lala no episódio 2 e o conflito entre as duas no episódio 3. A ideia por trás do conflito é uma bem interessante, muito embora não tenha sido abordada de uma maneira mais profunda, isso não impede nós, o público, de colocarmos essa profundidade em pauta quando o tema de fato existe, certo?

O segundo episódio nos mostrou mais ou menos o Modus Operandi da Lala. A Lala é uma personagem que não só confiar muito em dados/números, como era de certa forma dependente deles. Logo de início vemos seu descontentamento com o fato da Hikaru ter se tornado Precure e ela não, afinal, o que a Hikaru tinha que faltava nela? Ao averiguar as suas chances de se tornar Precure, ela descobre que suas chances estavam longe sequer de atingir 1%, quem dirá de fato se tornar uma. Quase impossível, certo? No entanto, as chances da Hikaru eram exatamente as mesmas, e ela conseguiu. E então?
Para a Hikaru a resposta é simples: Só ir lá e se tornar uma Precure, pois a Lala era perfeitamente capaz disso. E de fato, ao final do episódio ela decide ignorar os dados e só agir, conseguindo finalmente se tornar uma Precure (Com uma cena de transformação deveras incrível, vale dizer). Aparentemente a Lala, tendo poderes elétricos, é a pior inimiga possível para o Kappard, que precisa se molhar para amplificar seus poderes.

Em todo caso, todo o segundo episódio me remeteu a algo importante da nossa atualidade. Os dados são uma limitação ou uma informação útil? A resposta para isso provavelmente varia de caso para caso, mas e se for para algo relacionado a nós mesmos? Nesse caso acredito que dados sejam apenas uma limitação, e sendo esse o caso do episódio, acredito que a mensagem seja bem clara.
Muitas pessoas se baseiam muito em dados para decidirem suas próximas ações, o que é naturalmente um erro. Seres humanos são muito mais complexos que isso, então esse dados não são tão significativos quanto muitos acreditam ser.
Isso tudo me lembrou de uma conversa que ouvi dos meus pais uma vez, sobre exatamente esse assunto. Eles criticavam pessoas que se deixam desanimar em tentar conseguir uma vaga em X emprego, ou Y escola/curso, pois as chances eram 1 em 100.000 ou até 1.000.000 de você conseguir.
E por mais clichê que essa frase já tenha se tornado, meu pai disse precisamente: "Você não vai saber se nunca tentar".
Dados podem ser muito úteis se você souber como usá-los. Mas você jamais deve definir o que você é, o que você pode ser, como você deve ser, para onde você precisa ir, nem nenhuma questão do tipo só em dados. Pois nesses casos o que é realmente importante é dar valor a si mesmo como individuo e ignorar os números. O mesmo vale para coisas mais simples, como rankings de qualquer tipo de site, não dá para desconsiderar sua opinião, ou acreditar que você está errado, pela maioria pensar diferente. Isso não existe.
Dados são essenciais em algumas áreas, e completamente inúteis em outras. O que você precisa é saber qual é qual.

O que nos leva ao terceiro episódio, onde esse costume até cultural da Lala, colide com o modo de agir da Hikaru.
O problema é bem óbvio, uma quer estar totalmente dependente de dados, enquanto a outra quer agir totalmente na aleatoriedade. A Lala tem dificuldades de entender a ideia de agir mais na emoção e no instinto, enquanto a Hikaru tem dificuldades de entender a ideia de ser paciente e refletir sobre o assunto antes de agir.
A ideia por trás desse episódio é bem bacana, pois fala indiretamente de "diferenças culturais" e como você deve e não deve receber diferentes pontos de vista. O início do episódio chegou a me incomodar justamente pelo quão bem ele representa a internet hoje em dia, um fala X, o outro fala Y, os dois discutem e se recusam a ouvir um ao outro, pois só o seu ponto de vista é o "certo", e cada um vai para o seu canto. Quem usa bastante a internet já deve ter visto isso tantas vezes que já se acostumou.
Nós temos todos os padrões mais comuns desse tipo de conflito, desde um ficar gritando com o outro, até uma das partes oferecer algum argumento relevante e a outra não ouvir simplesmente por estar muito preocupada com sua própria visão.
A resolução do conflito foi simples, e claro, deveria ser simples. A maior parte desse tipo de briga se resolveria se as pessoas parassem e tentassem ouvir o outro lado sem querer passar por cima e ignorar o que ela está dizendo. No fim das contas, nenhuma das duas realmente precisa mudar seu ponto de vista, apenas considerar que existe outro ponto de vista válido que pode ser tão importante quanto o seu próprio, e juntos podem buscar o melhor resultado desejado. Falar menos e ouvir mais é o ponto chave.

O episódio 3 trouxe também muitas outras informações interessantes. Principalmente sobre a história em si, as 12 chaves ligadas aos 12 signos do zodíaco era algo bem esperado, cada princesa representar uma constelação é bem legal (No aguardo para a princesa de escorpião!), e poder usar essa fonte de poder para novos ataques também. Fuwa parece que mudará de forma para cada constelação, Fuwa versão Touro ficou uma graça.
Uma nova vilã também deu as caras, dessa vez obviamente baseada no mito dos Tengus. Com isso, dá para teorizar que todos os vilões serão baseados nos youkais do folclore japonês, o que novamente, é super legal, principalmente para alguém que gosta bastante desse tipo de coisa. Existem infinitos youkais usáveis que eu gostaria de ver, mas espero que visem alguns um pouco menos populares, até por já terem sido usados em outras temporadas de Precure.
Deu para notar uma decaída no nível de animação desse terceiro episódio, mas nada que prejudicasse de verdade a experiência, felizmente. Porém, pelo visto foi só algo semanal.
Em suma, foram dois bons episódios com bons temas a se comentar sobre, e continuo curtindo bastante essa temporada.

Depois de 20 dias sem postar nada por conta de alguns imprevistos infelizes, eu bem em cima da hora estou postando esse post aqui. O do episódio 4 deve sair entre sexta e sábado, antes do 5 sair. Por conta do tempo, acabei não parando para printar mais imagens desses dois episódios e fazendo essa review ser bem simplificada, mas espero que compreendam!

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Star☆Twinkle Precure 01 - Começando com o pé direito!


Mais um ano, mais uma estreia de Precure!
Star Twinkle já começou muito bem, conseguindo mostrar que não se intimidaria após a temporada fantástica que foi Hugtto! Precure. O tema dessa temporada é imaginação, tema esse que já vem acompanhado de assuntos que muito me agradam, como por exemplo: Astronomia e mitologia. Por causa disso eu já tinha boas expectativas de que seria algo que eu iria gostar, mas ainda assim acabou sendo muito acima do que eu imaginava (Trocadilho não intencional).
O episódio já abre com uma amostra do que a nossa protagonista, Hoshina Hikaru, é feita. Livros e mais livros sobre astronomia, sobre o mundo, posteres de filmes sobre o espaço, filmes de aliens, enquanto ela olha em um telescópio e desenha constelações.

A forma que os cenários são desenhados é linda e bastante significativa.
Grande estante cheia de livros, seu próprio telescópio, queria eu ter esse dinheiro. ;-;

Todo esse fascínio é a primeira coisa que o anime escolhe mostrar, pois isso, junto com uma outra pequena cena mais para frente, são elementos cruciais que representam o modus operandi da mente da Hikaru.
Embora em personalidade eu não tenha absolutamente nada a ver com a Hikaru, imaginação fértil e a vontade incessante de mergulhar nos tópicos que você tanto adora são características que compartilhamos, como tal, ela ganhou minha simpatia rapidamente.

A Hikaru trás à tona uma das coisas mais importantes que se deve sempre considerar, a busca por conhecimento, ir atrás do desconhecido ao invés de rejeitá-lo. Nesse âmbito, naquela pequena cena entre ela e o avô, talvez já seja um foreshadowing para um possível conflito com alguém de uma geração mais antiga, e que prefere manter o status quo, achando esse tipo de coisa bobagem.
Nas cenas seguintes temos uma ótimas sequência de construção de ambientação, a usagem da fotografia, junto da estética que puxa mais para algo estilo anime antigo, além dos cenários em aquarela, constroem uma atmosfera muito agradável que imersiva.

Eu adorei essa imagem.
Eu já falei que achei os cenários bem bonitos e significativos?

Inclusive, achei uma jogada realmente inteligente a forma que escolheram desenhar os cenários. Tem um significado a mais usar aquarela em uma temporada cujo principal tema é a imaginação, pois a imaginação está diretamente ligada a arte, e os cenários em aquarela dão a impressão de que são pinturas. É uma jogada relativamente simples, mas que já ganha pontos pela criatividade.

Por outro lado, uma certa cena já não é tão simples assim. A parte em que Fuwa está vendo umas flores, para qual Hikaru diz que se chamam Dandelion (Dente-de-Leão), e então as sopra para o céu, carrega alguns simbolismos bem interessantes.
A Dandelion é uma flor com alguns simbolismos bastante significativos tanto para a Hikaru, quanto para o anime em si. A flor simboliza, antes de mais nada, o Sol (Quando a cabeça é dourada), a Lua (Quando a cabeça é a esfera branca) e as estrelas quando ela é soprada aos céus, o que é tudo ligado a astronomia, que por sua vez é um dos temas principais do anime. Mas não é só ligado a isso, mas também a uma velha superstição da Dandelion: Quando uma pessoa sopra as sementes brancas da flor para os céus, acredita-se que ela teria seus desejos realizados.

Por trás de uma simples cena, muitos significados se escondem por trás.
Qual seria o desejo de Fuwa? 

Não parando por aí, a flor ainda trás outro significado relevante, porém dessa vez para a Hikaru como personagem. A Dandelion simboliza também a inteligência emocional, para pessoas capazes de entender certas coisas sem precisar se esforçar para aceitá-las, "pessoas com forte inteligência emocional entendem como as emoções funcionam e como se salvar da dor. Esta é uma habilidade importante para se ter na vida e aqueles que lutam contra ela podem achar difícil entender as relações humanas." para referenciar o texto de um site sobre o significado da flor.

Apesar de já na primeira metade ter muitos indícios disso, é na segunda metade, logo após a cena da flor, que mostra esse aspecto da Hikaru. Ela tem essa inteligência emocional, por isso é capaz de aceitar certas coisas (Criaturas misteriosas, alienígenas e tudo mais) com maior facilidade. Talvez seja justamente por esse aspecto que ela possuí tal adoração por astronomia, mitologia, ocultismo e outros assuntos do tipo. Isso é um ponto importante para entender a maioria das ações dela ao longo do episódio, como no momento em que levam a Fuwa para a nave, em que a Hikaru rapidamente absorve a situação e corre para dentro..
Um último simbolismo menos importante é o de que a flor simboliza perseverar e sair vitorioso em situações difíceis ou dificuldades da vida no geral.

Aquele momento em que os Sayajins chegam na Terra.
A grande ironia do episódio foi em certo momento a Hikaru dizer que estava sem energia. Energia é o que não falta!

O primeiro vilão que surgiu é obviamente baseado na Kappa do folclore japonês, e suponho que os outros seguirão essa ideia, a ideia de usar criaturas dos mitos. A mitologia faz parte do tema da série, afinal.
O episódio deu bastante foque nos pormenores que deu uma satisfação a mais em assisti-lo, como por exemplo a Lala falar outro idioma e só conseguir se comunicar com a Hikaru no final do episódio graças a Fuwa. A movimentação das personagens estavam bem detalhadas, o que deu bastante vida ao episódio. Ou mesmo a pertinente referência a George Adamski.
As cenas de ação foram ok, tirando a parte da movimentação das personagens que eu citei anteriormente, não teve nada de muito chamativo. A cena da transformação estava bem bonita como se era de esperar. A trilha sonora parece estar no ponto, algumas já me chamaram bastante atenção.

Star Twinkle já começou mostrando bastante potencial, seu tema abre muitas possibilidades, tal como a imaginação pode ser ilimitada, e esse episódio deixou muitos indícios de caminhos bem interessantes que pode seguir. Ainda é só 1 episódio de cerca de 50 que terão, então ainda há muito pela frente, é difícil tentar prever muita coisa, mas tenho boas expectativas pelo que está por vir. No aguardo do próximo episódio!



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Hajimemashite!


Olá! Eu sou Testarossa, dono do blog Canal Testarossa e esse é um novo projeto, Precure Sekai.
Antes de mais nada, se por algum milagre você caiu aqui e para-quedas e não faz a menor ideia do que é Precure ou sabe pouco sobre, recomendo uma leitura de um post desse meu post do outro blog.

O que é o Precure Sekai?
Apesar do péssimo nome que eu coloquei, juro que esse é um projeto que eu sempre tive certa ambição em colocar para frente. A franquia é uma das minhas favoritas, mas apesar de ser ridiculamente popular no Japão, aqui no Brasil para a maioria ela nem existe. Graças a isso, existe uma quantidade ínfima de lugares onde você pode falar especificadamente sobre a série, se informar mais ou assistir/ler análises/curiosidades e afins, debater como qualquer outro anime de temporada minimamente popular é debatido em muitos lugares. Minha ideia é criar um blog onde possa juntar tanto as pessoas que assistem quanto pessoas interessadas em começar Precure.
Eu nem de perto sou a pessoa "ideal" para uma tarefa tão grande, sei de algumas pessoas bem mais investidas em Precure de maneira geral, mas não é como se eu quisesse ser essa pessoa também, só quero falar sobre algo que eu gosto e proporcionar as pessoas um lugar para ler e falar sobre a franquia.

Dito isso, esse é um projeto cuja pretensão é basicamente trazer os mais diversos tipos de conteúdo sobre a franquia possível. Obviamente tudo sob minha visão e opinião sobre o que estiver sendo postado, sintam-se livres e incentivados a compartilharem as suas sempre que quiserem. Não será só sobre reviews, também terá todo tipo de top, curiosidades, informações que talvez achem legais de saber, notícias e muito mais.
Em relação a periodicidade, não posso fazer nenhuma garantia, mas tentarei o possível para que saia entre 1 a 3-4 posts por semana.
Qualquer ideia ou sugestão que queiram compartilhar também será sempre bem-vinda.
Por hora está bom de introduções, espero que aproveitem a estadia aqui no Precure Sekai (Mas sério, que nome péssimo) e vamos fazer a franquia Precure crescer no Brasil!